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terça-feira, 1 de maio de 2018

Problema bom é problema resolvido!


  • A Arte de Viver Bem
Meu objetivo maior nesse livro é tentar transmitir aos leitores uma sensação, cada vez mais forte em mim, de que temos sido muito injustos conosco mesmos e rigoro­sos demais ao não compreendermos que a condição humana, ainda que possa ser muito gratificante, está envolta em dissabores. E mais, que não somos responsáveis por eles e nem podemos deixar de nos sentir ameaçados, inseguros e desamparados naquelas situações onde nossa vida está 'por um fio' e não há nada que possamos fa­zer. Não podemos também continuar a achar que todas as nossas angústias derivam de uma metabolização indevida de nosso passado. Muito menos, cabe pensarmos que o fato de não termos sido capazes de 'perdoar' tudo o que vivenciamos nos anos que ficaram para trás seja indicador de fraqueza e incompetência pessoal específica. Muitos dos nossos problemas são gerais, próprios de todos os seres pensantes, conscientes de sua condição. Não é bom pensarmos que somos todos 'neuróticos'. Prefiro achar que somos todos seres humanos e que nossa condição envolve obstáculos difíceis de serem entendidos e superados. Esta visão tira um grande peso de nossas costas: não somos os fracos e fracassados que não souberam lidar com algo fácil, mas sim pessoas tentando entender me­lhor algo que não nos foi ensinado. Estamos ten­tando saber mais sobre o que é exatamente a vida, quem é o homem, quais os caminhos que podem nos conduzir para a infelicidade e quais os que poderão nos levar a uma vida harmonio­sa, serena e mais rica de momentos felizes. A psicologia do século XX esteve muito preo­cupada com os conflitos que derivaram das ex­periências traumáticas específicas de cada um de nós. Deu muito pouca importância para as dificuldades próprias dos seres humanos nor­mais, aquelas que independem das peculiarida­des da nossa história de vida. Poderia parecer que pessoas amadurecidas e conscientes estari­am livres de qualquer tipo de conflito íntimo. Isto não é verdade, pois existem aqueles dilemas que nos são próprios e que estão presentes também nas pessoas "ditas normais". Esse livro trata de esclarecer melhor os aspectos da psicologia normal que poderão produzir um verdadeiro avanço de nossa qualidade de vida.
De: Flávio Gikovate

  • A arte de viver um dia após o outro
                                           [ Viva o dia ]
As pessoas sempre dizem: "filho não se preocupe com o dia de amanhã, porquanto o mesmo ainda não chegou". Ou deixe o amanhã se preocupar com ele mesmo. Uma corrente filosófica correu o mundo o carpe diem (viva o dia), pois o fim pode estar próximo. Será mesmo que se consegue viver o dia sem se quer uma fresta de pensamento no dia posterior? Um embasamento teórico do possível acontecimento do futuro? Sim a mente humana é capaz de ver, sentir, um inconsciente previne e você até mesmo tem sensações de mal estar. Fala-se em presságio. Embora se queira viver o dia, mas ainda sim o futuro anda lado a lado com o presente mesmo antes de ele chegar. É tolo aquele que se diz viver plenamente o presente, é impossível. Ainda não se viu. O mundo desde os primórdios da humanidade sempre viveu de previsões, sempre viveu de sonhos de metas, da corrida contra o tempo. As fórmulas físicas da natureza previnem a humanidade contra o futuro e criando suas máquinas para que andem em perfeito estado e sem erros de morte. É claro que as vezes se posicionar mediante o futuro não inteligente. Às vezes a teoria do caos predomina, e você se deixa levar, tem que se deixar, é por merecimento. Não tente fazer nada, pare, cesse completamente o pensamento do futuro, não está fazendo bem, esqueça. Se apaixone hoje, faça o que for possível, agradeça o dia, deixe o trabalho de lado, olhe para as pessoas, por fim é aqui que está o presente. "Não é nada fácil preocupa-se com o presente sem enxergar um futuro pela frente" Oh! Meu caro humano, o quanto és empobrecido, incapacitado, tua mente o perturba. Chega o momento que você deve ser sensato, o cansaço bate a porta. Pare agora, analise a problematização. Preocupar-se precocemente? E para que? Para que tanto sofrimento adiantado homem, isso não tem futuro. A única coisa que te resta é viver dia após dia. Viver hoje, planejar o hoje, seguir a meta de hoje, terminar o dia de hoje.
 
Não deu! - Não tem problema, problema bom é problema resolvido! - Amanhã o sol levantará bem cedo e você abrirá os olhos e eles verão a imagem do teu futuro sob cada raio de sol.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Felicidade - O segredo da verdadeira felicidade é ...


[Uma noite no museu 2]
  • O Segredo da Felicidade
  •  O segredo da verdadeira felicidade é ...
LER ESTES DOIS E-BOOKS:

A - 12 Semanas para mudar uma vida

B - Treinando a emoção para ser feliz


Robin Williams deixa "Uma Noite no Museu 3" e outros dois filmes inéditos

http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2014/08/11/robin-williams-deixa-uma-noite-no-museu-3-e-outros-dois-filmes-ineditos.htm

domingo, 14 de dezembro de 2014

INTERNET - Como fazer bons negócios na internet.

  • Ferramentas úteis ao fazer negócios na internet
A internet é uma imensurável fonte de oportunidades que pode transformar os negócios. Obter bons resultados é uma questão de vontade de aprender. Experimente.
Empresas são pequenas apenas quando têm pouca ambição ou desconhecem o tamanho da oportunidade. Se você tem ambições para a sua empresa, a internet é hoje a mais abundante fonte de oportunidades — e muitas são gratuitas.
Segundo dados do Ibope, mais da metade da população brasileira está conectada à internet e o Brasil é o quinto país mais conectado do mundo. A grande rede poderá transformar o seu negócio e até mesmo fazê-lo renascer globalmente.
Por outro lado, a internet é muito peculiar e exige das empresas um novo modelo de relacionamento com os clientes e uma nova forma de agir no mercado.
Dominar tais inovadoras ferramentas é uma questão de vontade de aprender. Com um pouco de esforço e desejo verdadeiro de aprimorar o seu negócio, a internet poderá ser de grande importância para atingir ou manter o sucesso.
Dos primeiros passos aos mais estratégicos e eficientes, aprenda a desbravar o meio digital com este material produzido pelo Sebrae.

 

sábado, 29 de novembro de 2014

Livro inteiro escrito pelo celular - Fiel de Jessé Andarilho.


Essa foi a façanha realizada pelo jornalista Jessé Andarilho, que escreveu seu livro, Fiel, no trem, a caminho do trabalho, usando apenas o bloco de notas do seu celular. Só à noite, quando chegava, o escritor passava os textos para o computador.
A história estava na cabeça de Jessé desde 2011, mas somente agora tomou forma. Ela conta a trajetória do jovem Felipe, morador e jogador de futebol da comunidade de Antares (Zona Oeste do Rio), que acaba seduzido pelo tráfico. O protagonista Felipe é esperto, tanto na vida quanto com a bola entre os pés, e o livro gira em torno disso, da sua vontade de ascender na vida e, logo depois, da sua decadência no mundo do crime.
Assim que terminou o romance, Jessé o mostrou para o amigo Celso Athayse, que o indicou para uma editora. Pouco depois, Fiel foi publicado pela editora Objetiva e está à venda, também, por R$26,90 na loja online do Extra.
“Felipe era um admirador da Arte da guerra – um amigo de seu pai lhe disse que as estratégias poderiam ser usadas em muitas situações na vida, inclusive na hora de conquistar uma mulher. Pronto, foi o suficiente para ele comprar vários livros sobre o assunto. Com isso, começou a guerrear nos campos de batalha da vida sentimental. Logo ficou com a fama de namorador.”
(Trecho de Fiel, de Jessé Andarilho)


Jessé Andarilho - Fiel
A vertiginosa ascensão e a queda de um menino no tráfico carioca
“A vida de Fiel não é fácil. Quando a chapa esquenta, é ele quem segura o rojão e fica no olho do furacão, pois o patrão está longe. O livro retrata fielmente a realidade vivida em muitas favelas do Brasil.  A escrita é interna, vinda de um cara que viveu ali, bem de perto, e só não se afundou na criminalidade porque foi resgatado pela arte” – MV Bill, rapper e escritor
Na linha de sucessão de escritores como Ferréz e MV Bill, surge Fiel, de Jessé Andarilho. Baseado em histórias reais que conteceram com o autor, seus amigos e conhecidos, o primeiro romance do carioca de 33 anos conta a vertiginosa ascensão e a queda de um menino no tráfico carioca. Fala também, com propriedade, da vida de centenas de jovens das periferias, favelas e comunidades das grandes metrópoles. Com mais um diferencial curioso: foi todo escrito pelo autor nas teclas de um celular para ocupar o tempo que passava dentro do trem a caminho de casa para o trabalho e vice-versa, muitas vezes em pé.
Nascido no Rio de Janeiro em 1981, no bairro do Lins, Jessé foi criado em Antares, conjunto habitacional popular criado no início da década de 1970 na Zona Oeste da cidade, para receber moradores de favelas removidas da Zona Sul. Seu interesse pela literatura e pela escrita começou por acaso, quando ganhou de presente o livro Zona de Guerra, de Marcos Lopes. Saiu dizendo para todo mundo que tinha muitas histórias como as do livro para contar. Até que ouviu de um amigo: “Tem história melhor que a do cara, então vai lá e escreve!”. Jessé não pensou duas vezes e começou a escrever. Assim nasceu o Fiel e também o codinome Andarilho.
“Este frenético romance é prova cabal de que a capacidade criativa e empreendedora do povo carioca chegou à literatura, depois de passagens exitosas pela música, pelo teatro e pelo cinema”, escreve o jornalista e também escritor Julio Ludemir. “Também é emblemático desses tempos que um cara que se autodenomina Andarilho tenha narrado o mundo que o cerca viajando de trem, que é um símbolo do apartheid carioca, que mantém a quase totalidade da sociedade aprisionada em guetos controlados ora pela milícia, ora pelo tráfico. Jessé rompeu os grilhões do gueto para produzir um livro que nos liberta a todos”, continua Ludemir.

  • Com saga de jovem no tráfico, carioca estreia com livro escrito no celular. 

Assim como "Fiel", Jessé Andarilho escreve seu próximo livro na tela do celular Duas horas para ir, duas horas para voltar. O produtor cultural Jessé Andarilho passava quatro horas por dia, para ir e voltar, no trajeto da Estação Tancredo Neves, no bairro Santa Cruz, à Central do Brasil, no centro do Rio. Capturado pela literatura, desde quando leu "Zona de Guerra", de Marcos Lopes, o escritor de 33 anos começou a criar histórias no bloco de notas do celular durante o sacolejo diário do trem. Da tela do celular, a primeira experiência literária chega agora às prateleiras. "Fiel" (ed. Objetiva, 212 páginas, R$ 26,90) conta sobre a trajetória do adolescente Felipe, morador da favela de Antares, na zona oeste do Rio. Criado desde pequeno sob os preceitos da igreja evangélica, ele acaba sendo seduzido pelo poder e o prestígio de traficantes cariocas. "Eu pensava: O [jornalista e escritor] Caco Barcellos foi taxista. Se ele conseguiu, eu posso conseguir. Comecei a me dedicar no texto, do celular passava para o caderno, do caderno eu passava para o computador, já tentando amarrar os capítulos", ele conta, ao UOL, por celular, de dentro de um trem. A correria continua, mas hoje o trajeto dura meia hora a menos.  A inspiração veio da própria experiência como morador da favela, das histórias que acompanhou de amigos próximos e das intervenções do dia-a-dia no transporte público. "Se eu perco o foco, paro de escrever e presto atenção naquela história. O Felipe também dorme de madrugada nos ônibus e ouve aquelas conversas." Na vida real, ao fundo da ligação, a reportagem escuta o grito de um vendedor ambulante. "Esse aqui vende cocada. E trabalha em abrigo de ex-usuários de drogas. Eu o conheço, inclusive", conta. Felipe era um admirador da arte da guerra ? um amigo de seu Divulgação pai lhe disse que as estratégias poderiam ser usadas em muitas situações na vida, inclusive na hora de conquistar uma mulher. Pronto, foi o suficiente para ele comprar vários livros sobre o assunto. Com isso, começou a guerrear nos campos de batalha da vida sentimental. Logo ficou com fama de namorador. Além da boa aparência, tinha uma habilidade incrível com a bola. Ganhava todas as competições de que participava pela seleção da escola e com os Embaixadores do Rei. Aprendeu a falar pouco e só abria a boca quando alguém pedia sua opinião. Seu Hélio dizia: ?Boca fechada não entra mosquito.? Se alguém falasse mal de outra pessoa, ficava quieto, não concordava nem discordava com a ofensa. Apenas ouvia o desabafo. Sabia que se concordasse com a ofensa, no futuro a pessoa poderia usar a opinião dele como referência para continuar falando mal da outra. E se fosse contra o fofoqueiro, estaria defendendo a outra e também acabaria sobrando para ele. Com esses conflitos penetrantes foi criado. Seu Hélio sempre ensinou as malandragens da vida ao filho, sem saber que isso seria usado de forma diferente da que almejava. A vida como ficção Sem malabarismos e com uma linguagem direta, Jessé, no entanto, subverte o senso comum em "Fiel". Felipe é bom moço, educado e estudioso, mas, mesmo assim, passa a fazer parte de uma facção na favela. "A gente quer ter importância no nosso meio, quer ser o melhor. O Felipe enxergou ali essa possibilidade. Ele passou a vida sendo cobrado, proibido de ouvir outras músicas que não fossem da igreja e vendo o pai dele achar justificativas para suas ações na Bíblia. Na igreja, os jovens acreditam que tudo o que acontece na vida é uma ação de Deus. Ele começou a achar que era Deus que estava o colocando naquele caminho", observa. A ascensão e queda do personagem no crime é um exercício de imaginação dos muitos caminhos que sua própria vida poderia ter tomado e de tantos outros Felipes que vivem na periferia. Jessé não é bom no futebol e não usa gel para manter o moicano no estilo Neymar como seu personagem, mas ele também se divertia escondido da família e frequentava a igreja evangélica. "O Felipe deixa de ser o Jessé Andarilho quando ele começa a se envolver com o tráfico. Ele tomou vida própria. Qualquer pessoa, independentemente da realidade financeira ou afetiva, poderia seguir o caminho do crime".  "Fiel" ganhou a aprovação de respeito de MV Bill. Rapper e autor de "Cabeça de Porco" e "Falcão – Meninos do Tráfico", ele escreve na contracapa de "Fiel": "A escrita é interna, vinda de um cara que viveu ali, bem de perto. E só não afundou na criminalidade porque foi resgatado pela arte". Para o leitor que não lê Jessé é o primeiro autor das oficinas da Festa Literária das Periferias (Flupp) a chegar a uma grande casa editorial. O livro sai em parceria com a Favela Holding, empresa do produtor e ativista Celso Athayde. Foi Athayde que recebeu Jessé nas primeiras visitas do escritor à Flupp. "Eu queria ser lido, então escolhi cada palavra pensando no leitor que não costuma ler. Nossa atenção hoje é disputada pelo celular, o Facebook e infinitas redes sociais. Para isso, eu tive conhecer mais de literatura". Feliz com a experiência, Jessé segue nos trens diários, sempre com os dedos no celular. "Eu escrevo até hoje. Trabalho para c******, tenho dois filhos, tenho uma vida muito corrida. Então o tempo vago é agora [no trem]. Estou escrevendo alguns textos, que podem virar o próximo livro, aqui."

  • Comprar:
http://www.objetiva.com.br/site2011/livro_ficha.php?id=1430

  • Jessé Andarilho - Fiel - Resumo - (Capítulo I)
— Acorda, seu Zé Preguiça, hoje é domingo. Dia do Senhor. A sua mãe tá passando a roupa que você separou ontem, e o seu café já está pronto, só esperando a sua boa vontade. Felipe tentou voltar a dormir, mas os gritos de seu pai foram mais fortes do que aquele sono gostoso das manhãs dominicais. — Vamos, Felipe, como diz a Bíblia: “Alegrei--me quando me disseram: vamos à casa do Senhor.” Salmo 122, versículo 1. Nem tão alegre assim, Felipe se levantou e foi para o banho enquanto sua mãe acabava de passar a roupa que ele usaria para ir à Escola Bíblica Dominical (EBD). Como de costume, seus pais foram discutindo até a porta da igreja. Aí, instantaneamente as discussões pararam e as mãos se uniram, mostrando uma imagem de casal feliz. Porém, a cena acabou logo que voltaram para casa. Seu Hélio tinha um gosto imenso em estudar a Bíblia. Dizia que era para se alimentar da palavra. Ele sempre arrumava um jeito de usar a Bíblia para favorecê-lo: — Mulher, já pode servir o almoço. Estou cheio de fome. Faça como diz a palavra do Senhor: “O teu desejo será para o teu marido, e ele te governará!” Gênesis 3, versículo 16. Dona Vânia não dizia nada, mas era notável sua irritação com o modo como o marido interpretava as palavras do Senhor a seu próprio prazer, e isso acontecia quase todos os domingos. A não ser quando o almoço era servido na igreja. Dona Vânia ajudava o grupo das senhoras no preparo das refeições que eram vendidas na intenção de arrecadar fundos para as reformas do templo, enquanto seu Hélio conversava sobre os assuntos da obra com o pastor e os obreiros. Felipe sempre arrumava uma bola para jogar no estacionamento com os amigos do Embaixadores do Rei (ER). O Embaixadores do Rei era um grupo de adolescentes entre 9 e 16 anos da igreja batista, que tinha uma disciplina parecida com a dos Escoteiros Mirins. A diferença era que nas reuniões do Embaixadores do Rei os ensinamentos tinham a Bíblia como fundamento. Lá eles aprendiam sobre os principais personagens do Livro Sagrado, como Abraão, o pai da fé; Davi, o pequeno que derrubou o gigante Golias; e seu filho, o sábio rei Salomão, que sempre tinha uma solução para os problemas que apareciam em sua jurisdição. Todos os meses aconteciam viagens, acampamentos, torneios esportivos e debates bíblicos. Felipe era fera nessas atividades, sem falar nos torneios de futebol, nos quais só dava ele. Eram os Embaixadores do Rei que mais animavam sua fé. Com eles, Felipe podia mostrar seu potencial. Até porque em casa havia muita cobrança pelos resultados na escola. Seu pai tinha o sonho de vê-lo se tornar um médico reconhecido pela sociedade. Mal sabia ele que Felipe morria de medo quando via sangue, e tinha outros planos para sua vida. Momentos inesquecíveis aqueles vividos na praia do Sahy, em que os Embaixadores do Rei acamparam, tiveram aulas de sobrevivência na mata e de defesa pessoal. O instrutor dos ER também era professor de kung fu e, nas horas vagas, dava lições de artes marciais para eles. Felipe ficava todo empolgado, já que seu pai nunca o deixara aprender a lutar em outro lugar. Sempre que assistia aos filmes de luta na televisão, ficava treinando em casa, escondido no quarto. Nunca foi de arrumar confusão, mas sempre era tentado quando jogava futebol e os zagueiros queriam lhe dar rasteiras. Nem sempre conseguia se esquivar das jogadas maldosas. Mas aprendeu muito cedo a administrar as situações da vida. Conseguia separar as brigas dos pais simplesmente fazendo perguntas para um deles. Na hora em que iam falar algo que ofenderia a integridade do casal, Felipe entrava no meio e de alguma forma dizia coisas criativas que terminavam com a discussão. Quando o pai acusava a mãe de preguiçosa e ela já ia responder com alguma palavra ofensiva, ele entrava no caminho e perguntava à mãe o que havia colocado de diferente na comida. A partir daí, elogiava o tempero e ainda pedia confirmação ao pai. Na mesma hora, a discussão era interrompida. Essa mesma habilidade era usada para conquistar as garotas na igreja e no colégio. Felipe era um admirador da arte da guerra — um amigo de seu pai lhe disse que as estratégias poderiam ser usadas em muitas situações na vida, inclusive na hora de conquistar uma mulher. Pronto, foi o suficiente para ele comprar vários livros sobre o assunto. Com isso, começou a guerrear nos campos de batalha da vida sentimental. Logo ficou com fama de namorador. Além da boa aparência, tinha uma habilidade incrível com a bola. Ganhava todas as competições de que participava pela seleção da escola e com os Embaixadores do Rei. Aprendeu a falar pouco e só abria a boca quando alguém pedia sua opinião. Seu Hélio dizia: “Boca fechada não entra mosquito.” Se alguém falasse mal de outra pessoa, ficava quieto, não concordava nem discordava com a ofensa. Apenas ouvia o desabafo. Sabia que se concordasse com a ofensa, no futuro a pessoa poderia usar a opinião dele como referência para continuar falando mal da outra. E se fosse contra o fofoqueiro, estaria defendendo a outra e também acabaria sobrando para ele. Com esses conflitos penetrantes foi criado. Seu Hélio sempre ensinou as malandragens da vida ao filho, sem saber que isso seria usado de forma diferente da que almejava.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

E-Books - Pensamento e Linguagem - Lev Semenovich Vygotsky

 Aquisição da Linguagem
A linguagem, segundo estudiosos, é uma função inata que permite ao indivíduo simbolizar o seu pensamento e decodificar o pensamento do outro. Através dela facilita-se a troca de experiências e conhecimentos, interferindo na percepção da realidade.
A origem da linguagem é resultado de um processo de socialização  do ser humano, que é estimulado pelo meio em que se vive, no qual ocorre a adequação dele e a transformação, proporcionando associações das diferentes áreas sensitivas, perceptivas e motoras.
O pensamento precede a linguagem, que também é considerada outra forma de pensamento. A etapa das imagens mentais precede a primeira palavra da criança. As imagens mentais, segundo estudiosos, são cópias ativas da realidade que é organizada pelo cérebro.
 É de extrema importância que fique bem esclarecido que ao fazer referência da palavra imagem a primeira coisa que vem em mente são as imagens, porém não se restringe aos modelos visuais, considera-se também as auditivas, somestésicas, cinestésicas, etc
Na medida em que a criança se desenvolve e aprende sobre os indivíduos, linguagem e objetos de forma simultânea, logo em seguida esse se modifica devido à linguagem que sofre algumas influências de outras aquisições.
Primeiramente, se desenvolve a compreensão por volta dos 3 meses, quando a criança já apresenta compreensão das situações e em seguida a expressão. São processos independentes, porém na aquisição do vocabulário, do ponto de vista interno permitida pela expressão, faz com que a compreensão se desenvolva mais.
Por Elen Cristine Campos Caiado - Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia 

sábado, 15 de novembro de 2014

RENDA BÁSICA DA CIDADANIA. - ESMOLA DEMAIS GERA DESCONFIANÇA...

CUIDADO! ASSIM COMO A CPMF QUE ONERAVA MAIS DE IMPOSTOS OS POBRES DO QUE OS RICOS, ESTA TAMBEM PODE SER MAIS UMA BOA INTENÇÃO MAL ESTRUTURADA, APESAR DOS APELOS BEM ESCLARECIDOS DE POBREZA.
NÃO HAVERIA PERIGO DOS POBRES, SEM EDUCAÇÃO BÁSICA, USAR ESTA ESMOLA PARA COMPRAR DROGAS BARATAS?



 

E-BOOKS - A Queda Para o Alto

  • A Queda Para o Alto 
  •  Ela só queria que as pessoas fossem humanas.
A queda para o alto é um livro de autoria de Anderson Herzer, poeta brasileiro com auto-identificação lésbico-transexual, também reconhecido pelo nome "Bigode". O livro foi publicado em 1982 e é uma obra composta de poemas e textos autobiográficos que inspiraram o filme Vera, de Sérgio Toledo.1 Natural de Rolândia, no estado do Paraná, sem-família, aluno problemático e ex-interno da FEBEM, Anderson Herzer residiu na cidade de São Paulo, onde e, por fim, cometeu suicídio.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Autoprisão - A sociedade moderna adoeceu!

[Imagem da contradição, entre a liberdade extrema e a auto-prisão. Não julgo nenhum nem outro, apenas enalteço a liberdade de escolha de acordo com princípios não ditados.]
A sociedade moderna adoeceu! Pensávamos que no auge da indústria de entretenimento teríamos a geração mais feliz de todos os tempos, mas, infelizmente, segundo pesquisas apontam que 1 a cada 2 pessoas tem ou irá desenvolver um transtorno emocional ao longo da vida. Ser ansioso, estressado, irritadiço, impulsivo e imediatista passou a ser normal. Deixamos nossas emoções serem invadidas por pensamentos negativos, por agressões, injustiças, pressões sociais, somos levados pelas ondas da maré social. Mas convidamos pessoas que tenham coragem de remar conta a maré, que compreendam que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas sim usar seus erros para irrigar sua inteligência; que aprendam que ninguém pode ser líder no mundo de fora, se não o for primeiro no mundo de dentro. Pessoas que compreendam que ninguém dá o que não tem, e assim protejam a sua emoção, entendendo que o maior carrasco de um ser humano é ele mesmo. Convidamos todos para aprender mais sobre o funcionamento da mente, conhecendo a si mesmos e colaborando para construir relações saudáveis consigo, com os outros e com o meio onde vive. Por isso, dê sempre uma nova chance a si mesmo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Boas ideias, como surgem e de onde vêm.

Muito raramente elas surgem de repente da cabeça de uma só pessoa. São resultado de várias conexões e levam algum tempo para ficarem prontas. O lado bom é que o ambiente em que vivemos nunca foi tão fértil para isso.
  •  BLINk - A decisão num piscar de olhos - (Malcolm Gladwell)

Blink elevou Malcolm Gladwell à condição de mais novo guru do mundo empresarial. Os mais entusiastas chegam a afirmar que seus conceitos inovadores estão provocando uma "verdadeira revolução nos negócios". Isto porque Gladwell nos ensina a tomar decisões rápidas e cruciais, de modo preciso e eficaz. O maior interesse de Blink é o fato de Malcolm Gladwell ter criado um sistema para nos ensinar a "fatiar fino" - a extrair o máximo de um fato com o mínimo de informação, no menor lapso de tempo possível. Desenvolvendo este talento, seremos capazes de transformar nossas vidas, "num piscar de olhos". 
  •  Malcolm Gladwell - Por causa dele, criou-se o verbo “gladwellizar”, com o sentido de subverter o senso comum e olhar as coisas de uma perspectiva inusitada, contra-intuitiva.
 
 O adjacente possível: as ideias evoluem a partir de outras
 
De onde vêm as boas ideias, segundo Steven Johnson

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Rei Lear, de Shakespeare, lição cruel a ser aprendida, mesmo nos dias atuais.

  • Juca de Oliveira estrela Rei Lear solo
No Teatro dos Quatro, o ator, aos 79 anos, interpreta seis personagens na adaptação de Rei Lear, de Shakespeare, para um monólogo.
  • Terceiro Shakespeare
Ator já fez Júlio César, Ricardo III e Othelo.
  • - Que ator, na sua opinião, ofereceu a melhor interpretação para o papel principal de Rei Lear?
- Em 1968 tive a oportunidadede ver ao vivo o rei Lear do grande ator inglês Eric Porter, na Royal Shakespeare Company, com direção de Trevor Nunn. Vi Paulo Autran e Raul Cortez e também várias versões para televisão e cinema. Paul Scofield e Lawrence Olivier, entre outros. Todos deslumbrantes. Mas a interpretação que mais me impressionou, embora não tenha nada a ver com a minha, foi a de Orson Welles, em 1953.
  • - Fazer de um texto tão conhecido um monólogo, e defendê-lo em cena, é, a esta altura da carreira, um desafio ou uma diversão?
- Shakespeare é o sonho de qualquer ator, mas sempre um enorme desafio. Já tive o privilégio e a proteção das musas ao ter enfrentado três desses desafios, Júlio César em 1966, Ricardo III em 1975 e Othello em 1982. Mas nada se compara à audácia deste espetáculo-solo criado pelo Geraldo Carneiro. Durante os ensaios cheguei a cancelar o projeto pela extrema dificuldade de transpor os obstáculos. Mas eu o acabei retomando, pois me dei conta de que a desistência me comprometeria muito profissionalmente. Valeu a pena. Rei Lear acabou se tornando um sucesso em nossa temporada paulista.

  • - O que as pessoas nos dias de hoje têm a aprender com Rei Lear?
Quando estudei Rei Lear na Escola de Arte Dramática, esse tema familiar me levou à convicção definitiva de que os pais jamais deveriam transferir em vida seus bens para o nome dos filhos. E muitos dos conhecidos e amigos que cometeram essa temeridade desaconselhada por Shakespeare, um expert em alma humana, morreram na miséria e na solidão, abandonados pelos filhos. A propósito disso, no final do meu artigo para o programa do espetáculo, escrevi: “Hoje, com a disparada da longevidade, os filhos modernos, clones de Goneril e Regan (as filhas cruéis), expulsam de casa os velhos pais e os encarceram em asilos até a morte”. É uma lição cruel a ser aprendida ainda hoje com Rei Lear.
  •  E-BOOK - Rei Lear de William Shakespeare