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AVC: saiba quais os primeiros socorros durante um derrame ...
Não dê AAS
Muito se fala também sobre ministrar uma pílula de AAS (ácido
acetilsalicílico) quando uma pessoa está sofrendo um AVC, já que ela
afinaria o sangue e impediria um novo êmbolo. Apesar de ser um
raciocínio correto, ele só traria algum benefício para pessoas que
sofreram um AVC isquêmico - e ainda sim não é nada muito expressivo.
"Nos casos de AVC hemorrágico, o ácido acetilsalicílico pode piorar
ainda mais o sangramento, agravando o quadro", explica a neurologista
Adriana. E como não é possível saber qual tipo de derrame cerebral a
pessoa está tendo sem avaliação médica, o conselho é não dar qualquer
medicamento e encaminhá-la para o hospital.
Não espere o pior passar
Outra mania muito perigosa - principalmente quando o assunto é
derrame cerebral - é esperar a dor passar para, então, procurar um
médico. No geral, pensamos que é melhor deixar a pessoa se estabilizar,
para evitar qualquer sofrimento em uma viagem ao hospital ou socorro.
Entretanto, na suspeita de um AVC, o ideal é encaminhar essa pessoa para
o hospital o mais rápido possível. "É preciso entender que uma
característica fundamental do AVC é a sua instalação súbita, e cada
minuto perdido poderá fazer diferença lá na frente, na hora da
recuperação, uma vez que quanto maior é o dano cerebral, maiores são as
sequelas", lembra o neurologista André Felício, de São Paulo. Os danos
de um AVC são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais
de três horas para ser iniciado. Inclusive, no caso de AVC isquêmico, o
médico pode dar ao paciente um medicamento antitrombótico chamado
alteplase, que deve ser aplicado em até quatro horas e meia após o
início dos sintomas. Esse medicamento diminui em 30% o risco de sequelas
do AVC isquêmico e em 18% a mortalidade.
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