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Trabalhe menos e ponha a fofoca em dia !
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Trabalhar menos... para quê?
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A questão é que o trabalho é uma peça essencial na vida de qualquer pessoa adulta - e não só como provedor de salário. Ele funciona também como estruturador psíquico, algo que está fundamentalmente ligado à vida de cada indivíduo. "Não é à toa que, quando pessoas se encontram pela primeira vez, as primeiras perguntas que aparecem são 'o que você faz?' e 'onde você trabalha?' ", lembra Ferreira. ".O trabalho, no limiar do século nas sociedades ocidentais, virou sinônimo de emprego e salário. E quem não tem emprego e salário não tem cidadania", explica.
Então, se o trabalho tem essa importância toda, por que deveríamos trabalhar menos? Por que queremos trabalhar menos? Os argumentos a favor de uma jornada de trabalho mais curta, ou pelo menos mais flexível, são muitos, sendo o crescimento da produtividade, o aumento da criatividade e a melhoria na saúde e redução do estresse dos funcionários os mais mencionados. Outros não tão óbvios, entretanto, também estão sendo estudados.
"Um dia de trabalho mais curto significa que as mulheres que só podem trabalhar meio-período passariam a ter trabalhos de período integral", argumenta Mats Pilhem, vice-prefeito de Gotemburgo, na Suécia. A cidade está testando a implementação de uma jornada de 6 horas, mantendo nos serviços públicos os salários de quando se trabalhava por 8 horas. "Também é uma questão feminista. Esta reforma dá mais tempo livre para todos os trabalhadores, o que cria uma distribuição igualitária de trabalho pago e voluntário", afirma Pilhem.
O dia a dia das cidades também poderia se beneficiar de horários menos rigorosos para o trabalho. Se empresas adotassem alternativas, a "hora do rush" deixaria de existir, já que entrada e saída não ficariam concentrados no começo do dia e fim da tarde. "Se as empresas não pensarem de maneira diferente a dimensão do tempo, elas sequer vão poder contribuir para a melhoria do trânsito nas cidades", diz Rosa. "Então, as empresas têm uma importante parcela de contribuição na melhoria da vida das cidades." Com o fim dos congestionamentos, as pessoas perderiam menos tempo se deslocando pela cidade e, consequentemente, teriam mais tempo livre.
Do lado sindical, a principal argumentação é que, sem que haja redução do salário para evitar a diminuição do poder de consumo, uma diminuição das horas trabalhadas geraria mais empregos. "Se você imaginar o impacto instantâneo, a 'derrubada' da jornada de trabalho em 20% vai gerar o equivalente - em horas, em trabalho - para pessoas que a princípio estavam paradas e poderiam vir a trabalhar", explica o professor Wilson Amorim, que também acredita que esse impacto seja temporário. "Como a economia é algo dinâmico, a tendência é as empresas se adaptarem a essa redução pelo aumento da produtividade, ajustando o processo produtivo, exatamente para não contratar os trabalhadores correspondentes às horas que foram negociadas", explica.
Contemplando cada aspecto do tão diverso mundo trabalhista brasileiro, uma redução da jornada de trabalho é algo que ainda só aparece em um horizonte distante. E as constantes mudanças estruturais que a tecnologia tem trazido deixam tudo um pouco mais nebuloso (ainda que especialistas concordem; a extinção de algumas profissões é natural e esses trabalhadores serão naturalmente adaptados e reabsorvidos pelo mercado). "Em um país como o nosso, que ainda tem uma taxa de desemprego importante e que historicamente tem tanta frente de trabalho e demanda de crescimento em diversas áreas, poderíamos certamente repensar a jornada de trabalho por uma perspectiva de empregabilidade", opina o professor Mário César Ferreira. No futuro do trabalho brasileiro, o menos pode ser mais.
Então, se o trabalho tem essa importância toda, por que deveríamos trabalhar menos? Por que queremos trabalhar menos? Os argumentos a favor de uma jornada de trabalho mais curta, ou pelo menos mais flexível, são muitos, sendo o crescimento da produtividade, o aumento da criatividade e a melhoria na saúde e redução do estresse dos funcionários os mais mencionados. Outros não tão óbvios, entretanto, também estão sendo estudados.
"Um dia de trabalho mais curto significa que as mulheres que só podem trabalhar meio-período passariam a ter trabalhos de período integral", argumenta Mats Pilhem, vice-prefeito de Gotemburgo, na Suécia. A cidade está testando a implementação de uma jornada de 6 horas, mantendo nos serviços públicos os salários de quando se trabalhava por 8 horas. "Também é uma questão feminista. Esta reforma dá mais tempo livre para todos os trabalhadores, o que cria uma distribuição igualitária de trabalho pago e voluntário", afirma Pilhem.
O dia a dia das cidades também poderia se beneficiar de horários menos rigorosos para o trabalho. Se empresas adotassem alternativas, a "hora do rush" deixaria de existir, já que entrada e saída não ficariam concentrados no começo do dia e fim da tarde. "Se as empresas não pensarem de maneira diferente a dimensão do tempo, elas sequer vão poder contribuir para a melhoria do trânsito nas cidades", diz Rosa. "Então, as empresas têm uma importante parcela de contribuição na melhoria da vida das cidades." Com o fim dos congestionamentos, as pessoas perderiam menos tempo se deslocando pela cidade e, consequentemente, teriam mais tempo livre.
Do lado sindical, a principal argumentação é que, sem que haja redução do salário para evitar a diminuição do poder de consumo, uma diminuição das horas trabalhadas geraria mais empregos. "Se você imaginar o impacto instantâneo, a 'derrubada' da jornada de trabalho em 20% vai gerar o equivalente - em horas, em trabalho - para pessoas que a princípio estavam paradas e poderiam vir a trabalhar", explica o professor Wilson Amorim, que também acredita que esse impacto seja temporário. "Como a economia é algo dinâmico, a tendência é as empresas se adaptarem a essa redução pelo aumento da produtividade, ajustando o processo produtivo, exatamente para não contratar os trabalhadores correspondentes às horas que foram negociadas", explica.
Contemplando cada aspecto do tão diverso mundo trabalhista brasileiro, uma redução da jornada de trabalho é algo que ainda só aparece em um horizonte distante. E as constantes mudanças estruturais que a tecnologia tem trazido deixam tudo um pouco mais nebuloso (ainda que especialistas concordem; a extinção de algumas profissões é natural e esses trabalhadores serão naturalmente adaptados e reabsorvidos pelo mercado). "Em um país como o nosso, que ainda tem uma taxa de desemprego importante e que historicamente tem tanta frente de trabalho e demanda de crescimento em diversas áreas, poderíamos certamente repensar a jornada de trabalho por uma perspectiva de empregabilidade", opina o professor Mário César Ferreira. No futuro do trabalho brasileiro, o menos pode ser mais.
- UOL - Paulo Terron
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